Karina Buhr no Recife

Cantora celebra o auge com show vibrante em Recife

Entrevista: Into The Void

Em entrevista ao Metropolis Music, os americanos do Into The Void falam sobre seu novo álbum, a cena Metal da região, o processo de criação de seus clipes e muito mais

Pérola perdida

Funk, Prog e Jazz com os africanos do Demon Fuzz

Band of Skulls

"Sweet Sour apresenta o trio ainda mais flexível, partindo de canções puramente densas à composições com toda a sutileza do folk."

Leonard Cohen

"As velhas ideias deste senhor ainda são muito superiores à várias novas sensações do cenário musical."

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Blood Of The Nations - Accept [Review]

Esse ano, grandes nomes do metal voltaram a ativa lançando discos de estúdio: Iron Maiden, Ozzy, Rob Halford, Angra, Black Label Society e Helloween. O Accept foi mais um deles, entretanto, com uma pressão relativamente maior, já que iria retornar aos estúdios depois de 14 anos e sem o seu principal e mais característico membro, o vocalista Udo Dirkschneider. 

Afastado da banda 26 anos, o guitarrista Herman Frank voltou a banda, e trouxe consigo o novo vocalista: Mark Tornillo, que era da banda TT Quick.

É verdade que em alguns momentos, o timbre de Tornillo lembra muito Udo, mas Mark se mostrou um grande vocalista, que sabe adaptar a sua voz as melodias sem soar forçado ou submisso. Não seria ousadia dizer que o seu alcance é maior que o do ex-vocalista, e que ele traz um espírito mais pesado, agressivo e direto ao Accept, mesmo que isso também seja consequência de um trabalho árduo de Wolf Hoffmann e Herman Frank nas guitarras e de linhas de baixo detalhadas e expressivas construidas por Peter Baltes.

Blood Of The Nations não é um caso de estudo profundo e detalhado. Suas faixas são diretas, com riffs puros e crus e refrões marcantes, como em Teutonic Terror, Lock And Loaded, Blood Of The Nations e Beat The Bastards. O primeiro compacto, The Abyss é uma prova de que Mark tem muito a crescer na banda, e que vai achar um estilo que inove a tradicional banda alemã.

O novo álbum do Accept é simples, agressivo e direto. Sem enrolações e sem picaretagens. Blood Of The Nations põe a banda de volta ao mapa com um disco que pode ser citado como um dos melhores de sua discografia. Esperamos, anciosamente, por mais novidades dos alemães.

Tracklist: 

01. Beat The Bastards
02. Teutonic Terror
03. The Abyss
04. Blood Of The Nations
05. Shades Of Death
06. Locked And Loaded
07. Kill The Pain
08. Rollin Thunder
09. Pandemic
10. New World Comin
11. No Shelter
12. Bucketful Of Hate

Não deixe de acessar o fórum Metal Is The Law para debater sobre o Accept e vários outros temas relacionados ao rock, metal, jazz e blues.

Yes (Floripa Music Hall, Florianópolis, 27/11/10)

Por Pedro Kirsten 

No último sábado (27/11), Florianópolis teve a oportunidade de receber pela primeira vez um show do Yes, um dos gigantes do Rock Progressivo. O show fez parte da In The Present World Tour 2010, que possuí 10 datas agendadas para a América do Sul, porém apenas duas no Brasil, esta em Florianópolis e uma em São Paulo ocorrida no dia seguinte (28/11).
Apenas três dos cinco membros da formação mais famosa do grupo estavam presentes, dessa forma a banda ficou composta por: Steve Howe nas guitarras, Chris Squire no baixo, Alan White na bateria, Oliver Wakeman, filho de Rick Wakeman, nos teclados e Benoît David - que entrou para a banda em 2008 para substituir Jon Anderson que estava doente e até agora não saiu - nos vocais.

Mais uma vez a abertura ficou por conta dos veteranos do Immigrant, que tocaram clássicos do rock como Good Times Bad Times, Young Lust e Smoke on the Water. Respeito muito o trabalho do Immigrant e gosto de seus shows, porém acho que já está na hora de bandas com composições próprias também poderem abrir os shows internacionais que a cidade vem recebendo.



Com tudo pronto pouco depois das 22:00 horas a banda subiu no palco ao som da faixa introdutória Firebird Suite e logo em seguida abriram com a hipnotizante Siberian Khatru, que ainda teve direito a um improviso de Steve Howe perto do fim da música arrancando muitos gritos dos presentes.
I've Seen All Good People, do The Yes Album de 1971, deu continuidade ao show com o público bastante participativo durante a música. Duvidei antes do show que Benoît David conseguiria executar a música com perfeição, mas me enganei profundamente, já que o mesmo conseguiu um timbre praticamente idêntico ao que ouvimos no álbum.

Por incrível que pareça, a ausência de Jon Anderson também teve seu lado positivo, pois em 1980 foi lançado o álbum Drama, o único até hoje que não conta com Anderson nos vocais e após o seu retorno à banda as músicas desse álbum nunca mais foram tocadas, já que o mesmo se recusava a cantá-las. Como Jon não estava lá, tivemos a execução de Tempus Fugit, com Steve Howe tocando em sua Fender Stratocaster vermelha.

Durante Astral Traveller a banda saiu do palco e retornou após o solo de bateria de Alan White para encerrar a música. Dessa vez Oliver Wakeman voltou para seus oito teclados sem sua chamativa jaqueta de veludo bordô com que havia iniciado a apresentação.
A bela And You And I também foi tocada, e em seguida Steve Howe pegou seu violão para seu solo acústico onde tocou Mood For a Day e Intersection Blues.

A banda retornou para a execução do hit Owner of a Lonely Heart e logo em seguida tocou dois clássicos do álbum Fragile: Heart of the Sunrise e Roundabout, encerrando o set principal.
Não muito mais tarde todos já estavam de volta para encerrar o show no Floripa Music Hall praticamente lotado com outro clássico: Starship Trooper.

O balanço final foi um show praticamente impecável, não houve falha alguma por parte da banda que se mostrou bastante carismática durante toda a apresentação. Uma pena apenas o show ter sido curto (pouco menos de 2 horas de duração) e de Oliver Wakeman ter tido pouco espaço para improvisar e acabou ficando um pouco discreto em certos momentos.

A dúvida da grande maioria era se valeria a pena ir a um show do Yes mesmo sem Rick Wakeman e Jon Anderson. A resposta é sim.
Ainda estavam presentes três dos cinco membros da formação clássica, Oliver Wakeman executa todas as passagens do pai com enorme facilidade e Benoît David possuí um timbre incrível que se aproxima muito do de Jon Anderson. Assistindo vídeos dos últimos shows do grupo na internet é comum alguns ficarem com a sensação de "não era para esse cara estar aí" ao vermos outra pessoa ocupar a posição de vocalista após esta ter sido ocupada por tantos anos por Anderson, mas a partir do primeiro acorde de Siberian Khatru a atmosfera se tornou tão envolvente que isso nem passava mais pela cabeça. Houve sim um certo estranhamento pelo fato de estarmos falando da ausência de duas figuras emblemáticas, porém em termos de performance é certo que toda a magia de um show do Yes foi transmitida para o público. Quem deixou de ir por esse motivo vacilou e não tem ideia da apresentação de qualidade que perdeu.

1. Firebird Suite
2. Siberian Khatru
3. I've Seen All Good People
4. Tempus Fugit
5. Astral Traveller
6. And You And I
7. Mood For A Day
8. Intersection Blues
9. Owner Of A Lonely Heart
10. Heart Of The Sunrise
11. Roundabout
---------------------------------------
12. Starship Trooper

___________________________________
Não deixe de acessar o Forum Metal Is The Law para debater sobre a passagem do Yes pelo Brasil e tudo relacionado ao rock e heavy metal em geral.

Joe Bonamassa - Black Rock [Review]

Joe Bonamassa apresentou meses antes do lançamento do debut com o supergrupo Black Country Communion, o álbum Black Country, seu mais novo álbum de estúdio Black Rock.

Black Rock, assim como os outros álbuns de Bonamassa, apresenta músicas autorais e algumas versões de grandes compositores do cenário Blues e Rock.

O álbum se inicia com uma versão de Steal Your Heart Away de autoria de Bobby Parker, nas mãos e voz de Bonamassa a composição ganhou peso e um baita solo, entretanto manteve o charme da velha canção de blues.

I Know A Place é outro cover, dessa vez de John Hiatt, respeitado cantor e compositor americano, música com uma levada bem arrastada.

When The Fire Hits The Sea, primeira faixa de autoria de Bonamassa, é um blues bem carregado.

Quarryman's Lament também é de Joe, a alternância entre os instrumentos de sopro e a guitarra durante os solos deram beleza a composição.

Voltamos aos covers agora com Spanish Boots, Bonamassa manteve a estrutura da música de Jeff Beck, mas acrescentou ainda mais riffs alucinantes e um solo matador, fazendo desta faixa um dos destaques do álbum.

Para acalmar os ânimos temos a já bastante coverizada Bird On A Wire de Leonard Cohen, reconhecido compositor de folk do Canadá. Os arranjos sutis de cordas e sopro ficaram maravilhosos contrastando com o peso da guitarra no final.

Three Times A Fool (Otis Rush) e Night Life (Willie Nelson) retornam ao blues tradicional. Em Night Life B.B King entra na farra dando seu toque especial.

Wandering Earth faixa blueseira com um riff bem pesado nos remete a algumas passagens zeppelinas.

Look Over Yonder's Wall de Freddie King (que além de Hendrix, também toca com a guitarra atrás da cabeça) é bem animada e contagiante, cheia de swing.

Athens To Athens e Blue And Evil também nos remetem ao Led Zeppelin. A primeira, totalmente acústica, relembra o folk presente em algumas músicas da banda. A segunda com passagens leves e outras totalmente pesadas com riffs sendo despejados constantemente, relembra as músicas mais trabalhadas e caóticas da banda, é a faixa de maior destaque.

Baby You Gotta Change Your Mind é uma canção de 1935 de Blind Boy Fuller, com uma melodia sutil e simples, ela fecha o álbum.

Joe Bonamassa já se tornou um dos grandes nomes do Blues, com personalidade e talento faz ótimos trabalhos como este álbum, com Kevin Shirley na produção e mixagem acaba se tornando impecável, sendo uma tarefa difícil encontrar algum ponto fraco no álbum. Quando quer, consegue por riffs e mais riffs em suas músicas, e também tirar delas as mais sutis melodias possíveis, sempre mantendo suas raízes no Blues Rock.

  1. "Steal Your Heart Away" (Bobby Parker cover)
  2. "I Know A Place" (John Hiatt cover)
  3. "When The Fire Hits The Sea"
  4. "Quarryman's Lament"
  5. "Spanish Boots" (Jeff Beck cover)
  6. "Bird On A Wire" (Leonard Cohen cover)
  7. "Three Times A Fool" (Otis Hush cover)
  8. "Night Life" ft. B.B. King (Willie Nelson cover)
  9. "Wandering Earth"
  10. "Look Overs Yonder's Wall" (Freddie King cover)
  11. "Athens To Athens"
  12. "Blue And Evil"
  13. "Baby You Gotta Change Your Mind" (Blind Boy Fuller cover)

sábado, 27 de novembro de 2010

Classic Albums: Piece Of Mind - Iron Maiden

No dia 16 de maio de 1983, chegava às lojas Piece Of Mind, o quarto disco de estúdio, um dos melhores, e certamente, o mais representativo do Iron Maiden. A pressão em cima da banda para lançar esse disco era imensa, pois depois de uma sequência de obras primas da música pesada - Iron Maiden, Killers e The Number Of The Beast -, todos estavam esperando anciosamente pelo próximo movimento do grupo de Steve Harris.

O baterista Clive Burr foi substituído por Nicko McBrain, que era baterista da banda Trust e também trabalhava como Eddie em alguns shows da banda. A primeira aparição de Nicko na banda, foi vestido de Eddie. Clive tinha se machucado e havia uma apresentação em um programa de TV. Nicko o substituíu e foi ficando na banda até hoje. A mudança foi positiva para o grupo, e isso fica claro em Piece Of Mind, a melhor performance de bateria de McBrain, com temas como The Trooper e Where Eagles Dare, a melhor faixa de abertura do Maiden ?

O álbum também marca o debut de Bruce Dinckinson como compositor, nas faixas Flight Of Icarus, Die Whit Your Boots On, Sun And Steel e Revelations. Todas escritas com o guitarrista Adrian Smith, com exceção da última, que tem uma bela letra, como se fosse um apelo, um pedido de socorro a Deus. Essa música caiu muito bem na época, já que acusações de satanismo aparecer, principalmente depois do The Number Of The Beast - álbum anterior ao Piece Of Mind.

A capa do disco mostra Eddie após uma cirurgia de lobotomia (usada antigamente em pessoas com graves casos de esquizofrenia), e o título Piece Of Mind é um trocadilho a expressão ''Peace Of Mind'' (paz de espírito) - existe até músicas do Boston e Bee Gees com esse nome.

Banda após show da turnê do álbum

Em Piece Of Mind encontramos o Maiden em seu auge. Todos os instrumentos se encaixam perfeitamente, e com o ápice da carreira vocal de Bruce Dinckinson. Essas características ficam em evidência ao ouvirmos Where Eagles Dare, Sun And Steel, Quest For Fire e Die Whit Your Boots On. Além disso, temos uma das melhores músicas do Iron: The Trooper, com um dos melhores riffs de guitarra da banda aliado a um baixo galopante e um refrão fácil. Essa melodia que fica na cabeça transformou The Trooper em um hino, obrigatória nos shows da banda até hoje.

Os dois singles do clássico

A música foi sigle do disco, juntamente com Flight Of Icarus, que reza a lenda, que Steve Harris queria que fosse mais pesada, mas a vontade de Dinckinson de que ela puxassem um pouco mais para o lado radiofônico venceu, e foi outra a virar hit da época.

A importância e qualidade de Piece Of Mind é tão grande, que em 2006, a Vitamin Records lançou o disco The Hand Of Doom Orchestra, que toca todas as músicas do classic album (algumas com cortes) usando violinos, violoncelos, harpas, tímpanos e etc. Tudo isso sem excluir os solos geniais e sem ignorar o peso de Piece Of Mind.

Se você ainda não ouviu o Piece Of Mind, ou o seu tributo orquestrado, clique nos links abaixo, faça o download e desfrute dessa obra prima da música pesada:

Piece Of Mind (1983)

The Hand Of Doom Orchestra Plays Iron Maiden´s Piece Of Mind: A Orchestral Tribute

Lembramos que para baixar os discos, é necessário se cadastrar no fórum para fazer os downloads. Aproveite para debater sobre o Maiden e outras bandas de Rock e Metal.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

I Feel Like Playing - Ron Wood [Resenha]

O guitarrista Ronnie Wood, ex-Faces e atual Rolling Stones, lançou o terceiro disco da sua carreira solo, que se iniciou nos anos 1970. O título reflete muito bem a atmosfera do disco, é uma sensação de simplicidade e espontaneidade, algo que acontece com uma certa frequência em discos de músicos já consagrados e que não precisam se esforçar para mostrar seu talento.

Em I Feel Like Playing, Ron Wood conta com músicos renomados em sua banda de apoio, entre eles, músicos da banda de apoio dos Rolling Stones, os guitarristas Slash e Wandy Wachtel (da banda solo de Keith Richards, X-Pensive Winos), o baixista Flea (Red Hot Chilli Peppers) e o baterista Steve Ferrone, que já tocou com Eric Clapton e Tom Petty & The Heartbreakers.

O disco chega com um rock direto e com solos e riffs descompromissados e fervorosos, como em Lucky Man - melhor faixa do álbum -, e Thing About You, com participação de Billy Gibbons, guitarrista do ZZ Top, e no cover da clássica Spoonful, de Willie Dixon.Ainda assim, há espaços para outros ritmos, como o reggae carregado de swing em Sweetness My Weakness, conduzida por uma guitarra pulsante e envolvente. O blues também ocupa um bom espaço de I Fell Like Playing, que chega com majestosas e belíssimas faixas que mostram o talento de Ron Wood, que consegue ousar em vários ritmos de música, sempre com belos trabalhos de guitarra, prevalencendo-se em Why You Wanna Go And Do A Thing Like That For, I Gotta See, e a faixa de encerramento, Forever.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Álbum da Semana: Captain Beyond - Captain Beyond

O Captain Beyond foi uma banda de rock formada no ínicio da década de 70 nos Estados Unidos. A primeira formação da banda contava com: Rod Evans (ex-Deep Purple) nos vocais, Larry "Rhino" Reinhardt (ex-Iron Butterfly) na guitarra, Lee Dorman (Iron Butterfly) no baixo e Bobby Caldwell na bateria. Essa formação gravou somente o primeiro álbum da banda - Caldwell foi o primeiro a deixar a banda -, chamado apenas de Captain Beyond, porém foi um dos mais elogiados da carreira do grupo.

O álbum começou a ser gravado no final de 1971 e foi lançado em 1972, sendo que a primeira versão do LP nos Estados Unidos possuía a capa com impressão lenticular, o que dava aquele efeito 3D. Até hoje muitos colecionadores ainda correm atrás dessa versão.

Com apenas 35 minutos de duração, o debut da banda possui músicas poderosas que combinam o peso do hard rock com a essência do rock progressivo, resultando em uma viagem incrível.
A banda toda executa muito bem as canções que possuem alguns compassos mais "incomuns", mas vale a pena destacar o trabalho de Rhino que com seus riffs de guitarra fazem o álbum fluir muito bem.
Um ponto interessante do disco é que apesar de ter 13 faixas a impresseão que temos é que ele possuí apenas cinco, pois na transição de uma música para a outra elas são praticamente emendadas dessa forma uma faixa seria as músicas 1 até 3, a outra de 6 até 8 e outra de 9 até13. Somente as faixas 4 e 5 são individuais e não emendam com a faixa seguinde nem a anterior.

Resumindo, Captain Beyond é um álbum de alta qualidade que agradará tantos os fãs de rock progressivo como os de hard rock. Como o álbum é razoavelmente curto não custa nada dar uma pequena pausa para conferir este ótimo trabalho.

01. Dancing Madly Backwards
02. Armworth
03. Myopic Void
04. Mesmerization Eclipse
05. Raging River of Fear
06. Thousand Days of Yesterday (Intro)
07. Frozen Over
08. Thousand Days of Yesterdays (Time Since Come and Gone)
09. I Cant Feel Nothin’ (Part 1)
10. As the Moon Speaks
11. Astral Lady
12. As the Moon Speaks (Return)
13. I Can’t Feel Nothin’ (Part 2)

DOWNLOAD
______________________________________
Para ter acesso ao link de download é necessário estar cadastrado no Forum Metal Is The Law, se você ainda não se registrou clique aqui.

Virgin Steele – The Black Light Bacchanalia [Review]

O Virgin Steele nos presenteia, quase que no final do ano, com seu 12º álbum de estúdio: The Black Light Bacchanalia, lançado via SPV / Steamhammer em 22 de outubro de 2010 na Alemanha, Áustria e Suíça, e no resto da Europa em 25 de outubro de 2010 e em 09 de novembro 2010, nos EUA.


By The Hammer Of Zeus (And The Wrecking Ball Of Thor) rasga o álbum com um som animalesco emitido por DeFeis, líder absoluto da banda, que contribuiu no álbum com todos os vocais, teclas, baixo e, como de costume, na produção. A faixa é bem rápida, explosiva, com certa dose de peso, refrão marcante, e Frank Gilchriest batendo firme na bateria, fazendo dela perfeita para abrir o álbum.

Temos depois Pagan Heart, que contrariando o nome não é nenhuma baladinha. Composta por um riff selvagem, ela não deixa perdermos o pique da primeira faixa. As várias paradas e viradas dão charme à composição.

The Bread Of Wickedness é basicamente uma continuação das faixas anteriores, bem simples ela mantém a velocidade das demais, com algumas passagens melódicas.

Em In A Dream of Fire e Nephente a sobreposição das guitarras em determinados trechos no acompanhamento do piano, que se faz mais presente a partir de agora, ao fundo, são os destaques das faixas.

The Orpheus Taboo outra ótima composição, tem uma das melhores vocalizações de DeFeis no álbum, e um dos melhores instrumentais no que diz respeito as guitarras de toda carreira do Virgin, entretanto, é somente uma preparação para o bang do álbum. É nessa faixa que, segundo DeFeis, a temática do álbum fica mais evidente: a rebelião contra a autoridade, Deus, o governo, qualquer que seja.

To Crown Them With Halos (Parts 1 And 2) é o ápice do álbum, após uma massiva introdução, temos mais um casamento entre música clássica e Heavy Metal, as orquestrações se aliam perfeitamente aos riffs pesados e rápidos. Toda qualidade instrumental dos integrantes é demonstrada nessa faixa.

Após To Crown Them With Halos, o álbum poderia ter acabado, estaríamos satisfeitos. Mas DeFeis com sua fonte inacabável de criatividade nos reservou ainda mais. The Black Light Bacchanalia (The Age That Is To Come) que dá nome ao album, é outra faixa espetacular, pesadíssima, de encher os ouvidos.

The Tortures Of The Damned, é a menor faixa do álbum e também a mais lenta, o piano e os vocais ficam enfatizados.

Mais uma demonstração do porque da escolha de Josh Block para fazer companhia a Edward Pursino é vista em Necropolis (He Answers Them With Death), o peso aliado a constante alternância de velocidade na faixa, nos remete a um som mais encorpado e seguro.

O álbum termina com Eternal Regret, bela balada, apresenta uma ótima atmosfera com DeFeis ao piano carregado de puro feeling, em alguns trechos as guitarras entram e trazem peso a faixa.

Na edição limitada Digipack, temos 2 faixas bônus: When I'm Silent (The Wind of Voices) e Silent Sorrow. Ambas são faixas mais lentas, com estruturas similares a de Eternal Regret. Ainda na versão Digipack temos "From a Whisper to a Scream (The Spoken Biography)" que é a biografia da banda contada por DeFeis.

The Black Light Bacchanalia é por fim a continuação do conto do álbum anterior Visions of Eden, e traz elementos para sua conclusão, como a morte de Lilith (To Crown Them With Halos), e também Deus, finalmente, lamentando todos os estragos que ele fez e os estragos que ele tem feito em Eternal Regret. O álbum soa mais acelerado e diversificado que o anterior, conseguindo agregar ainda mais peso e é claro, sem deixar de lado toda a parte melódica sempre presente nos trabalhos da banda. Fica evidente, que se formos tomar como parâmetro de comparação as obras-primas da banda, o trabalho vocal fica menos evidente, mas como estamos tratando de David DeFeis, um trecho com sua voz é sempre memorável. DeFeis disse que esse é um álbum de estréia para o Virgin Steele, devido a toda espontaneidade e dedicação imposta pelos integrantes da banda, que faz o álbum soar espontâneo e cru, ainda selvagem.

CD 1

01. By The Hammer Of Zeus (And The Wrecking Ball Of Thor)
02. Pagan Heart
03. The Bread Of Wickedness
04. In A Dream Of Fire
05. Nepenthe (I Live Tomorrow)
06. The Orpheus Taboo
07. To Crown Them With Halos (Parts 1 & 2)
08. The Black Light Bacchanalia (The Age That Is To Come)
09. The Tortures Of The Damned
10. Necropolis (He Answers Them With Death)
11. Eternal Regret

CD 2

01. When I'm Silent (The Wind Of Voices) (bonus track)
02. Silent Sorrow (bonus track)
03. From A Whisper To A Scream (The Spoken Biography)

_____________________________

Comente sobre o Virgin Steele no Fórum Metal is the Law, é necessário ter um registro, para isso, clique aqui.

Anos 80: London Leather Boys

Discos Analisados:

AC/DC - Back In Black (1980)
Judas Priest - British Stell(1980)
Ozzy - Blizzard Of Ozz(1980)
Venon - Welcome To Hell (1981)
Iron Maiden - The Number Of The Beast(1982)
Dio - Holy Diver (1983)
Metallica - Kill´em All(1983)
U2 - War (1983)
Bruce Spingsteen - Born In The USA(1984)
Dire Straits - Brothers In Arms (1985)
Slayer - Reing In Blood (1986)
Guns N´ Roses - Appetite For Destruction (1987)
Motley Crue - Dr. Feelgood (1989)



Antes de falarmos das bandas surgidas nos anos 1980, acho importante abrir espaço para falar de Back In Black, o sétimo disco dos australianos do AC/DC, que apresentava o seu novo vocalista, Brian Johnson, ao mundo, que assumiu os vocais do grupo após a trágica morte de Bon Scott por envenamento alcóolico. Back In Black, é atualmente, o maior disco de rock, e o segundo mais vendido de todos os tempos. Por isso, orgulhamo-nos de Back In Black, clássico do AC/DC.

Agora indo para a história dos anos 80, na Inglaterra, um homem vai até uma loja de feitichismo (leia-se Sex Shop) e começa a comprar vários artigos de couro. Rob Halford não sabia, mas aquele momento iria definir o visual do Heavy Metal daquela década até os dias atuais. Halford levou o visual do couro, taxinhas e até motocicletas para o palco. Como na época ninguém sabia que ele era gay e da onde vinha esse tipo de roupa, todos aderiram, com fervor, ao novo estilo.

O Judas Priest surgiu na Inglaterra, junto com Saxon, Iron Maiden, Tygers Of Pan Tang, Motörhead, Angel Witch, Def Leppard entre outros. Essas banda foram rotuladas como New Wave Of British Heavy Metal (NWOBHM), que traziam mais peso e um lado vocal mais melódico. O movimento deu um gás no Heavy Metal, que estava com as suas principais bandas precurssoras em queda, tanto pelo esgotamento criativo causado pelas drogas, tanto pelo sucesso comercial do Punk na Inglaterra e nos EUA.

Além disso, Ozzy Osbourne saiu da depressão e voltou aos palcos para sua carreira solo com o arrebatador Blizzard Of Ozz, um dos melhores discos de sua carreira solo, com clássicos como Crazy Train e Mr. Crowley. Outro ex-Sabbath iniciou sua carreira nessa década, Ronnie James Dio chegava em 1983 com o renomadíssimo Holy Diver.

Havia também um rock mais leve, que também foi sucesso de vendas. Dire Straits, com melodias, hora simples, animadas e radiofônicas, hora dramáticas, frias e melancólicas, foi uma das bandas que entraram para o seleto grupo de bandas que faziam o rock de estádio. O rock de estádio não é nada mais um grupo de artistas que enchem estádios em qualquer concerto que fazem. Nos shows de grupos assim, geralmente, o foco não está na música, mas sim no entretenimento que eles oferecem das mais variadas maneiras. Pode ser um show com pirotecnias e quebra de instrumentos e efeitos especiais – vide o Kiss; um show que faça toda a platéia se sentir uma só - vide o Queen; ou ainda uma apresentação em que o artista cria uma ilusão de show intimista – vide Dire Straits e The Police.

Bruce Springsteen também foi um artista dos anos 80 que alcançou esse patamar mais elevado de apresentação. Isso se deve ao estrondoso sucesso do disco Born In USA, que tocava até em comícios e discursos políticos, e recebendo o ‘’aval’’ do governo, e elogios mais do precipitados – e equivocados – da crítica, que diziam que Springsteen era a reinvenção e o furuto do rock, os patriotas americanos esgotaram o disco e a canção título. Entretanto, a música não era como o governo pensava. Ela não se tratava do orgulho de nascer nos EUA, e sim das frustrações de alguém e depois ironiza, como se estivesse tudo bem, pois ele nasceu nos EUA.

O ápice das produções de shows caras e grandiosas foi atingido, provavelmente, pela turnê Zoo Tv, do U2, que fazia uma crítica a televisão e seu público. O palco tinha vários telões que exibiam clips de sucesso do momento e conectava canais da tv local, além de mostrar imagens da guerra do Iraque ao vivo. Bono também ligava para a casa branca várias noites na tentativa de falar com o presidente dos EUA.

Enquanto a Inglaterra dava a luz essas bandas de NWOBHM já citadas, nos EUA as bandas usavam maquiagem, salto alto e laquê. Cada vez mais, os homens se pareciam com mulheres. Isso era o Glam Metal, que enchia a programação da MTV e as paradas das rádios com bandas como Motley Crüe, Poison, Ratt, Bon Jovi e Cinderella. As letras dessas bandas falavam basicamente sobre ''diversão'', o que ajudou o sucesso comercial do estilo. Dêem uma olhada num trecho da música Girls, Girls, Girls; do Motley Crüe:

Sexta à noite e eu preciso de uma briga
Minha moto e um canivete
Um monte de gel no meu cabelo fica bem
Mas o que eu preciso para me sentir legal são

Garotas, Garotas, Garotas
Pernas longas e lábios de vinho tinto
Garotas Garotas Garotas
Dançando na Sunset Strip

Revoltados com o rumo Pop que o Metal estava tomando, dizendo que isso era Pop de MTV, ou posers.

Revoltados com o rumo Pop que o Metal estava tomando, dizendo que isso era Pop de MTV, ou posers. Assim, bandas como Metallica, Slayer, Exodus, Megadeth, Testament, Kreator ente outras. Esse foi o Thrash Metal, que inovava ao trazer mais velocidade e agressividade, com letras que falavam sobre assuntos mais polêmicos, como guerra, opressão e violência. Apesar do Venom ser uma banda inglesa, ela está mais associada ao Thrash e ainda, ao surgimento do Black Metal, com o seu disco de 1982, Black Metal.

Mas o Metal foi banido pelos fanaticos religiosos, que queimavam, em praça pública, discos de hard e heavy metal. A primeira dama Tiper Gore fundou uma associação de país que diziam que o metal era obsceno e inadequado para menores. Essa associação conseguiu criar as famosas etiquetas de advertências aos pais (imagem ao lado). Os críticos também amaram odiar o estilo, chamando de repulsivo, ignorante e doentil. Para piorar a fama do metal, um garoto fã do Judas Priest se suicidou, e a banda foi acusada de pôr mensagens subliminares em seus discos. Esse tipo de acusação também veio ocorrer com Twisted Sister e outras bandas Hard & Heavy da época.

Assim a década de 1980 se encerra. O rock mais pesado é reprimido e criticado pela sociedade, mas mesmo assim, consegue um grupo forte e fiel de admiradores, que não ligam para o que as críticas de toda uma sociedade, por mais graves que elas sejam. Os anos 80 definiram o metal até hoje, no quesito visual - ainda que surgiram novos - e no quesito ''imortalidade''. Não importa quantas balas o metal leve, os seus fãs sempre estão crescendo e levando o estilo até o seu patamar mais alto.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Allen/Lande - The Showdown [Review]

Em 2005 foi lançado The Battle, primeiro álbum do projeto que reúne dois titãs do metal atual: Russell Allen (Symphony X) e Jorn Lande (Masterplan), tudo comandado pelo guitarrista, até então desconhecido, Magnus Karlsson que é também o principal compositor dos discos. Agora o projeto chega em seu terceiro álbum de estúdio: The Showdown, lançado no dia 5 de Novembro.

Continuando de onde seu sucessor, The Revenge (2007), parou, The Showdown vem com 11 faixas inéditas, bastante voltadas para o hard rock e metal melódico de uma forma onde os dois vocalistas possam explorar seus timbre ao máximo possível.

The Showdown abre o disco, ela começa com uma pequena introdução de teclado antes de cair nos riffs de Magnum Karlsson, ambos os vocalistas cantam nos versos e no refrão, um dos mais cativantes do álbum.
Judgment Day, primeiro single do álbum que foi lançado há alguns meses atrás (confira o clipe da música aqui), também começa com uma rápida introdução de teclado antes do riff de guitarra, desta vez um pouco mais contido. A faixa é cantada exclusivamente por Jorn Lande.

Never Again segue a mesma estrutura das duas primeiras músicas, mas passa um pouco mais despercebida. Já Turn All Into Gold não. A primeira música do disco cantada apenas por Russell Allen, ótimo timbre nesta faixa.

Na sequência temos duas baladas, a bela Bloodlines é a primeira. Cantada apenas por Lande, com uma melodia de teclado predominando no primeiro verso e um bom refrão.
A segunda é Copernicus, cantada apenas por Allen, também tem teclados predominando nos versos, mas o clima desta é completamente diferente do de Bloodlines.

O melhor momento de The Showdown chega na 7ª e 8ª faixa. We Will Rise Again e The Guardian são levadas para outro nível graças ao trabalho dos vocalistas, principalmente Lande, o norueguês dá um show nas duas músicas.
Maya e The Artist são boas faixas, mas não conseguem se sobressair das outras.
O álbum termina com mais uma balada, Eternity, cantada apenas por Allen.

Obviamente após três álbuns toda a surpresa do projeto se foi, The Showdown segue a mesma fórmula de seus antecessores e em certos momentos acaba sendo um tanto quanto previsível. É necessário que Karlsson comece a buscar algo novo em suas composições para que os próximos álbuns não se tornem enjoativos. Uma boa alternativa seria trabalhar melhor nos arranjos que soaram incompletos e pouco acrescentaram às canções.

Apesar desses detalhes as músicas em The Showdown continuam ótimas e valem a pena serem ouvidas no que pode ser apontado como o melhor álbum do projeto até agora, afinal com uma dupla dessas o que mais poderia se esperar?

Se você busca algo com peso não há muita coisa aqui que lhe agradará, porém se você busca linhas vocais um pouco mais trabalhadas, principalmente dentro de músicas mais melódicas, é uma boa idéia conferir este disco.

Resta agora torcermos para podermos ver essa dupla ao vivo pelo menos uma vez.

1 - "The Showdown"
2 - "Judgement Day"
3 - "Never Again"
4 - "Turn All Into Gold"
5 - "Bloodlines"
6 - "Copernicus"
7 - "We Will Rise Again"
8 - "The Guardian"
9 - "Maya"
10 - "The Artist"
11 - "Eternity"
___________________________________________
Acesse o Forum Metal Is The Law para debater sobre Allen/Lande e tudo relacionado ao rock e heavy metal em geral.

Álbum da Semana: Rise Of The Tyrant - Arch Enemy

Depois de três excelentes álbuns após a chegada de Angela Gossow, o Arch Enemy lançou em 2007 o Rise Of The Tyrant, que traz uma pequena, porém significante mudança no som da banda. O peso, a velocidade e a garra que a banda sempre mostrou estão presentes em Rise Of The Tyrant, mas, além disso, as canções estão mais melódicas, o que acrescenta mais personalidade ao som da banda e a faz trilhar por um caminho próprio.

A sonoridade também se aproxima um pouco da de discos mais antigos, talvez pelo fato de o disco ser produzido por Fredrik Nordström (produtor de bandas como Dream Evil, Nightrage, Dark Tranquility, Soilwork e Opeth), que produziu os primeiros trabalhos da banda.

O álbum também marca a volta de Chris Amott nas guitarras, junto com seu irmão Michael Amott. A parceria dos dois é incrível, combina técnica, peso, rapidez e feeling, o que resulta em melodias contagiantes e envolventes, e trilham a brutalidade e a beleza por um mesmo caminho. Os solos e as harmonias executados pelos irmãos são quase perfeitos, talvez seja a melhor performance da dupla em um álbum. Os vocais de Angela Gossow continuam fortes e agressivos, mas neste disco ela também mostra uma exploração maior de sua técnica, com algumas linhas mais emocionais, saindo um pouco do tradicional vocal gutural, o que enriquece muito o resultado final das canções.

Todas as faixas do disco são boas, mas algumas se destacam. Blood On Your Hands é uma delas, tem uma levada mais thrash metal e mostra bem a junção dos elementos que caracterizam o Arch Enemy, principalmente neste álbum. Os irmãos Amott arrebentam em The Last Enemy, com boas linhas melódicas e duelos incríveis, além de um discreto teclado, que dá um clima especial à música. I Will Live Again é mais cadenciada, tem um começo acústico, um uma boa melodia no teclado e um refrão que gruda. The Day You Died tem guitarras mais cadenciadas, mas baixo e bateria super pesados. In the Shallow Grave é direta e forte, mostrando que o álbum não é feito só de mudanças. Outras que merecem destaque são a bela instrumental Intermezzo Liberté e a faixa que fecha o disco, Vultures, que tem complexas passagens instrumentais e solos elaborados aos longo de seus mais de 6 minutos.

Rise Of The Tyrant é um marco na carreira da banda, talvez o melhor disco do grupo. Pode-se dizer que ele peca pelas letras, que são um pouco infantis, mas, perante a grandiosidade do trabalho instrumental, pecado mesmo seria criticá-las. Se você gosta do Arch Enemy, seja na fase inicial ou na atual, Rise Of The Tyrant tem faixas para todos os gostos. E se você gosta de death metal, seja do tradicional ou do melódico, não deixe de dar uma conferida nesse discaço.


Tracklist:

1 - Blood On Your Hands
2 - The Last Enemy
3 - I Will Live Again
4 - In This Shallow Grave
5 - Revolution Begins
6 - Rise Of The Tyrant
7 - The Day You Died
8 - Intermezzo Liberté
9 - Night Falls Fast
10 - The Great Darkness
11 - Vultures

DOWNLOAD

___________________________________________
Para ter acesso ao link de download é necessário ser um membro do Forum Metal Is The Law, se você ainda não se registrou clique aqui.

domingo, 14 de novembro de 2010

Helloween - 7 Sinners (Resenha)

Depois do “alegrinho e divertido” Unarmed, no qual a banda fez adaptações acústicas para seus maiores clássicos, álbum que os fãs mais xiitas acharam uma tremenda brincadeira de mau gosto, o Helloween lançou no dia 31 de Outubro (Halloween!) um dos álbuns mais pesados da carreira da banda, talvez o mais pesado.

O álbum abre com Where The Sinners Go, sem introdução. A canção não seria a mais indicada para abrir o disco, até tem um ritmo que soa empolgante, mas ao mesmo tempo não empolga por ser muito cadenciada e seguir numa mesma levada de bateria do início ao fim. O álbum segue com Are You Metal?, lançada como single. A música é daquelas típicas de power metal que proclamam o heavy metal, tem uma pegada forte e um refrão bom de gritar. A faixa revela a intenção da banda de fazer algo mais agressivo e pesado, o som se distancia muito de As Long As I Fall , single principal de Gambling With The Devil, último álbum de inéditas da banda. Seria uma canção perfeita para abrir o disco...

Who Is Mr. Madman tem uma introdução narrada por Biff Byford, do Saxon, e alterna entre momentos rápidos e lentos. Tem a melodia de Perfect Gentleman – do álbum Master of the Rings - incluída, mas não é de se estranhar, já que Markus Grosskopf disse que a canção é inpirada no “Cavalheiro Perfeito”. Raise The Noise é um dos destaques do disco, é mais melódica que as anteriores, e tem uma peculiaridade, um solo de flauta, muito bem encaixado aliás, junto as guitarras, algo que é incomum no som da banda.

Em seguida temos World Of Fantasy, uma canção mais leve, onde o peso dá lugar à contornos mais “épicos”, para dar uma acalmada no ritmo. É mais melódica e tem um refrão grudento, um pouco meloso demais. Vale ressaltar as linhas de guitarra mais características da banda nessa canção e também as melodias vocais, mas dá a sensação de que falta algo, um pouco mais de “força” na performance.

Long Live The King é a mais rápida do álbum, quase um speed metal. É suja e agressiva, com pouca melodia. Contrasta bem com a faixa seguinte, The Smile OF The Sun, a única balada do álbum. A faixa tem um bonito tranalho vocal, bastante teclado e aquelas melodias típicas do Helloween, mas logo em seguida temos outra com um estilo mais speed, You Stupid Mankind, bem pesada e com um quê de obscuridade.

If A Mountain Could Talk é Helloween por excelência. É rápida, tem boas variações, grandes solos com longas linhas melódicas, e cresce muito no refrão, além de um interessante fundo orquestrado e com contornos sinfônicos. The Sage, The Fool, The Sinner mostra mais do mesmo do restante do álbum, tem peso, rapidez e um refrão que fica e dá pra cantar junto logo na primeira ouvida, além de fortes linhas vocais.

My Sacrifice tem a bateria frenética, com boas alternâncias, hora acelerada, hora parecida com a batida de One, do Metallica. A canção é boa, mas perde um pouco de poder no refrão, que é um pouco chato. Pra quem sentiu falta da tradicional introdução que abre a maioria dos álbuns, Not Yet Today é uma delas, serve como um prelúdio para a épica Far In The Future. A canção fecha bem o álbum, tem grandes solos, um grande refrão...nada de muito diferente do restante, a não ser por um leve toque progressivo e um pouco de power thrash.

O álbum cumpre o que promete, realmente é o mais pesado da carreira do Helloween, tem músicas mais velozes, guitarras mais pesadas e bastantes variações. Grande parte dos créditos desse som mais agressivo vão para Dani Löble, que mostrou ser um excelente baterista, tocando com muita vitalidade. E nas melhores faixas, todos os integrantes tocaram muito, tornando-as verdadeiros clássicos, como If A Mountain Could Talk e The Sage, The Fool, The Sinner. Não há como comparar o disco com os clássicos da época áurea do Helloween, e apesar da falta das melodias que tanto marcaram a carreira da banda e de o Helloween realmente estar um pouco diferente, ainda assim esse é um Helloween álbum. Com certeza agradrá aos fãs e vai tirar um pouco da "raivinha" que ficou por conta de Unarmed.


Tracklist:

1 - Where the Sinners Go
2 - Are You Metal?
3 - Who is Mr. Madman?
4 - Raise the Noise
5 - World of Fantasy
6 - Long Live the King
7 - The Smile of the Sun
8 - You Stupid Mankind
9 - If a Mountain Could Talk
10 - The Sage, The Fool, The Sinner
11 - My Sacrifice
12 - Not Yet Today
13 - Far in the Future

________________________________________________
Não deixe de participar do Forum Metal Is The Law para poder debater sobre Helloween e tudo relacionado ao rock e heavy metal em geral.

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More